Dia Internacional da Mulher

Mulheres
Evoluímos muito, mas junto com as conquistas ganhamos uma penca de atribuições (e culpa). Culpa por não desempenharmos perfeitamente o nosso papel de “mulher-moderna”.
A mulher moderna tem que ser boa filha, boa mãe, boa dona de casa, amante fantástica, profissional excelente; a bunda tem que estar dura, a barriga tem que ser “tanquinho”, o cabelo tem que estar brilhante, o sorriso tem de ser constante. Não temos direito à TPM, nem temos a chance de assumirmos a fragilidade do nosso ser.
Existe mulher frágil?! Deixar o filho na creche e ir à luta é ser frágil? Malhar feito uma louca e andar o dia todo num salto-agulha é ser frágil? Preparar um banquete para os amigos dele e depois fazer piruetas na cama é ser frágil?! Ser mãe-solteira é ser frágil?!!
O que sei é que passei dos 30 e preciso decidir se terei um filho. Sei que a mulher é o real pilar de uma família, e que terei que ter estrutura sólida.
Não me venham com um dia Internacional da Mulher! Quero é ter o direito de ser frágil, de ser mulherzinha!!!
Nenhuma louca me consultou antes de queimar sutiã na praça! Quero saber o que realmente eu ganhei com isto, quero ver a conta final.
Adoro ser mulher e quero ser tratada como uma lady!
Se eu fosse a Mulher Maravilha, por exemplo, daria uma surra em quem inventou esse dia que nem feriado é.

Parabéns para nós!